Fotojornalismo e os processos de produçãode realidades e invisibilidades midiáticas
Resumo: Esta tese estuda o uso das imagens fotojornalísticas como formadoras de opinião, sua publicação na imprensa tradicional (jornais, revistas, TVs) e na digital (portais de notícia, blogs, mídias sociais) e suas apropriações posteriores, de modo a analisar os processos, mecanismos, ritos e filtros que levam uma determinada fotografia a ser escolhida como síntese de um fato midiatizado, em detrimento de milhares de outras imagens, e seu impacto nas pessoas e nas políticas, criando realidades e invisibilidades midiáticas. Para tanto, são analisadas fotografias jornalísticas de conflitos (guerras, repressão policial, violência urbana, etc) ocorridos no Brasil e no exterior, publicadas em veículos dos mais variados tipos e tendências ideológicas, e suas republicações, apropriações como objetos de arte, memes em redes sociais, cartazes e outras aplicações. A pesquisa partiu da premissa de que todos esses meios usam prioritariamente as mesmas fontes (grandes agências noticiosas e fotógrafos profissionais). Mas eventualmente algumas fotos amadoras furam esses ritos e penetram nos fluxos de informações, passando então a fazer parte da Mediosfera, conceito que designa o conjunto de imagens (visuais ou não) distribuídas, recebidas e apropriadas midiaticamente. A ideia é mostrar como ocorrem esses processos e qual a sua influência na mudança da forma de raciocínio predominante atualmente na sociedade: de tempo-histórico-linear para mágico-imagético-circular. Para tanto, a pesquisa usou experiências pessoais na cobertura de conflitos e uma miríade de autores, que vão de filósofos da imagem, como Vilém Flusser, a teóricos do jornalismo, como Ciro Marcondes Filho e Jorge Pedro Sousa
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