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Estudantes de Uberlândia preparam a Segunda Onda


Depois da desocupação das escolas secundárias, novos protestos e manifestações com apoio de universitários e outros ativistas devem agitar a cidade nas próximas semanas

 

Uberlândia foi a cidade em que, proporcionalmente, mais escolas estiveram ocupadas em todo o Brasil. Das 34 instituições estaduais de ensino secundário, 29 chegaram a ter os alunos controlando os portões (https://jornalistaslivres.org/2016/11/ta-so-comecando/), até o Ministério Público conseguir, na semana passada, os mandatos de reintegração de posse que tentava desde o fim outubro. A última a ser desocupada foi a EE Messias Pedreiro, na madrugada de segunda-feira 21 de novembro. Mas os estudantes já preparam uma nova onda de manifestações, com os aprendizados feitos na primeira fase e a força extra de outros parceiros e apoiadores como o Levante Popular da Juventude local.

Uberlândia foi a cidade em que, proporcionalmente, mais escolas estiveram ocupadas em todo o Brasil. Das 34 instituições estaduais de ensino secundário, 29 chegaram a ter os alunos controlando os portões (https://jornalistaslivres.org/2016/11/ta-so-comecando/), até o Ministério Público conseguir, na semana passada, os mandatos de reintegração de posse que tentava desde o fim outubro. A última a ser desocupada foi a EE Messias Pedreiro, na madrugada de segunda-feira 21 de novembro. Mas os estudantes já preparam uma nova onda de manifestações, com os aprendizados feitos na primeira fase e a força extra de outros parceiros e apoiadores como o Levante Popular da Juventude local.

Protagonista dos movimentos contra a PEC 55 e os PLs da Escola Sem Partido (além da reforma do ensino média via Medida Provisória), a luta dos secundaristas cruzou os muros das escolas e se espalhou pelo país. Tanto isso é verdade que, atualmente, 207 universidades federais estão ocupadas pelos alunos, segundo a União Nacional dos Estudantes. Uma das primeiras foi a Universidade Federal de Uberlândia – UFU, em greve geral (incluindo também professores e técnicos administrativos) desde outubro. A ocupação da UFU foi decidida numa assembleia histórica e também se prepara para um novo passo, envolvendo toda a sociedade uberlandense.

Alunos do Ederlindo, escola da periferia de Uberlândia, mostram o que vai acontecer com a saúde e a educação com a PEC55

Enquanto os alunos da Escola Estadual Neuza Rezende reocuparam parcialmente a instituição (as aulas continuam normalmente, mas alguns alunos estão dormindo no prédio e desenvolvendo atividades paralelas com muita dificuldade, já que até a merenda lhes está sendo negada), os estudantes da EE Professor Ederlindo Lannes Bernardes fechavam cruzamentos importantes no bairro do Morumbi para panfletar e falar sobre o enterro da saúde e da educação com a PEC 55. Já os universitários, que entre outras atividades promoveram, com o apoio dos comandos de greve dos docentes e técnicos, a vinda a Uberlândia da performance CEGOS há duas semanas (https://jornalistaslivres.org/2016/11/para-quem-tem-olhos-de-ver/), chamaram uma assembleia geral de estudantes essa quinta para traçar estratégias conjuntas de luta.

Assembleia conjunta dos estudantes secundaristas e universitários de Uberlândia na Praça Tubal Vilela, centro da cidade

O primeiro evento envolvendo os dois níveis será nessa sexta-feira 25 de novembro, quando se reunirão a outros ativistas na Praça do Fórum, no centro de Uberlândia às 11:00 para uma passeata até a UFU passando pela Estação Dois de ônibus onde os alunos da EE Messias Pedreiro deverão engrossar a marcha. A manifestação faz parte do Dia Nacional de Lutas, Greves, Paralisações e Protestos e prevê se juntar aos professores e técnicos da UFU que irão pressionar, a partir das 13:30, a reitoria da universidade a suspender o calendário universitário. Na segunda, 28/12, membros dos dois grupos de estudantes devem fazer parte da caravana que pretende levar dez ônibus de Uberlândia para Brasília para protestar contra a primeira votação da PEC 55 no Senado.

Alunos do OcupaUFU explicam aos secundaristas as propostas de acampamento, shows no campus Santa Mônica e marcha nessa sexta

Dias 8, 9 e 10 de dezembro, eles estarão juntos novamente num Acampa UFU, aberto a toda a comunidade. Além de acamparem por ao menos três dias no Bloco 3Q do Campus Santa Mônica para maior integração entre universitários, secundaristas e outros cidadãos de Uberlândia, os manifestantes estão planejando atividades culturais, recreativas e de formação política. A primeira atração confirmada para se apresentar na reitoria será a artista MC Carol, pouco depois do credenciamento dos acampantes que começa às 16:00 do dia 8 de dezembro. Outros músicos como Paloma e Jack Will também devem confirmar nos próximos dias shows para ajudar a conscientizar a população sobre o verdadeiro desastre que o governo golpista está nos empurrando goela abaixo.

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